O projeto reúne os artistas do Coletivo 21. Os artistas, em seus diferentes campos de atuação (pintura a óleo e acrílica, aquarelas, fotografia, arte digital, gravuras e esculturas) têm um trabalho maduro, com um campo poético em constante definição. O objetivo comum é construir um projeto original, que tenha uma singularidade. As poéticas são diferentes, mas os artistas do coletivo têm uma maneira comum de enxergar a arte. Fazendo uma leitura cruzada das obras em exposição, temos uma riqueza, uma procura de desenvolver uma espécie de território sensível, onde a temática vai mudando, mas sempre a autoria e a singularidade dos trabalhos é reconhecida. Os artistas do Coletivo 21 mostram na totalidade um pacto com a criação para devolver ao espectador uma forma de elaboração do tudo o que é sensível.
O que há de comum entre pouco mais de duas dezenas de artistas que nunca se viram pessoalmente e que há pouco mais de seis meses sequer sabiam da existência uns dos outros? São pintores em tinta acrílica, em tinta óleo, escultores, gravuristas, artistas digitais, aquarelistas em um amplo espectro da expressão das artes visuais e que se uniram em torno de um propósito: mostrar seus trabalhos.
O ponto que une esse grupo de artistas oriundos de diversas regiões do país é a série de lições do professor e artista plástico Sérgio Fingermann que, graças às ferramentas on line, popularizadas como forma de driblar os rigores da pandemia que ataca o mundo, juntou gente tão diferente para ouvir seus “mantras” da criação à exposição.
Essas lições do mestre fizeram o grupo pensar e encontrar suas sinapses, suas ligações, os trabalhos irmãos, mesmo concebidos a quilômetros de distância um do outro. A obra é de cada um. Mas todos têm a certeza de que é preciso trabalhar muito – apagar, riscar, esfregar. Não aceitar o primeiro resultado é um senso comum. Assim como entendem a necessidade de conversar com a obra e ver para onde ela conduz o artista. E não ao contrário.
São artistas visuais que não se contentam com qualquer resultado. Se perguntam se aquele trabalho vale ser mostrado em uma sociedade cada vez mais inundada por imagens.
Nesta exposição estarão à mostra diversas visões da arte. Obras abstratas, figurativas, em cores luminosas, outras escuras ou em tons neutros. Mas com certeza, além de observar a qualidade dos trabalhos individualmente, o espectador perceberá a potência que existe entre eles. É esta força que move o Coletivo 21.