Rosane Gauss - COLETIVO 21

Rosane Gauss

Rosane Gauss, Artista Visual, nasceu em Avaré (SP), em 1961, onde vive e trabalha. Formou-se em Educação Artística pela FREA, em 1981, realizou cursos de extensão com a Dra Anna Barros, MAC, USP, SP- 2003 e PUC, SP- 2002, entre outros. O seu corpo de trabalho é resultado da vivência, observação, percepção e pesquisa com algumas questões da natureza e do espaço em que a insere. Seu interesse maior é buscar a luz por meio da sensação, vibração e contrastes das cores, explorar os movimentos na construção das formas por meio de sobreposições, apontar formas de sombras no espaço iluminado e luz no espaço de sombras, questões essas materializadas e aquarelas, acrílicas, fotos, objetos, vídeos e instalações. Participa desde 1990 de coletivas nacionais e internacionais, destaca entre outras: “NanoArte – Um Novo Espaço para uma Nova Percepção”, MUBE- Museu Brasileiro de Esculturas, São Paulo (SP), 2011; e individual: “Instalação Sombras Passageiras”, C.C. Djanira da Motta e Silva, Avaré (SP), 2003. Prêmio destacado: Medalha de Ouro -“Papéis da Liberdade”- C.C. Correios de S. Paulo, (SP), 2023.

Sinestesia – o sabor das cores

A presente exposição explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura, destacando os seus componentes físicos, químicos e o seu impacto sensorial nos indivíduos. O pensamento visual dos trabalhos apresentados baseia-se no conceito de sinestesia. Esta abordagem inspira-se numa análise empírica das semelhanças entre as características do vinho e da pintura, como a transparência e a intensidade, termos partilhados pelas duas disciplinas artísticas. A artista mergulhou então numa exploração aprofundada dos elementos comuns aos dois domínios, questionando o impacto semelhante do vinho e da pintura em quem os prova e contempla.

Os trabalhos desta série, produzidos em diversos suportes como tecidos transparentes, telas e vidros, bem como a utilização de técnicas de fabricação variadas, resultam dessa abordagem de pesquisa. Esta exposição pretende despertar a alma dos visitantes e provadores, bem como dos criadores, numa época em que a agitação do mundo moderno desloca as nossas raízes e nos distancia dos tesouros da experiência humana. Ao despertar todos os sentidos, surge um caminho para uma reflexão mais profunda e uma saúde mental plena, porque os nossos sentidos, estes portais para o mundo, tecem os primeiros elos entre o nosso ser e o universo que nos rodeia.

A exposição Sinestesia – o sabor das cores explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura. Jean Claude, enólogo e eu, artista visual, começamos a pensar esse projeto juntos na Mediateca Edmon Charlot, em Pezenas França, onde animamos o tema com uma conferência sobre o vinho no Brasil e uma oficina de pintura.