Luisa Libardi - COLETIVO 21

Luisa Libardi

Luisa Libardi – Piracicaba – SP- 1958- Vive e trabalha em sua cidade natal. Formada em Engenharia Civil. Artista Visual e arte-educadora. Fez vários cursos com os professores artistas: Norberto Stori, Magliani, Edith Derdyk, Sérgio Fingermann entre outros. Participa de exposições individuais e coletivas desde 1988. Sua pesquisa está na sobreposição de fotografia de fios, folhas e galhos secos com a pintura desses materiais. Essas fusões resultam leves e sutis. A caligrafia e textos antigos também entra nessa sua busca de transparências. Hoje incorpora a A.I. para dar outras direções em suas fotos.

Sinestesia – o sabor das cores

A presente exposição explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura, destacando os seus componentes físicos, químicos e o seu impacto sensorial nos indivíduos. O pensamento visual dos trabalhos apresentados baseia-se no conceito de sinestesia. Esta abordagem inspira-se numa análise empírica das semelhanças entre as características do vinho e da pintura, como a transparência e a intensidade, termos partilhados pelas duas disciplinas artísticas. A artista mergulhou então numa exploração aprofundada dos elementos comuns aos dois domínios, questionando o impacto semelhante do vinho e da pintura em quem os prova e contempla.

Os trabalhos desta série, produzidos em diversos suportes como tecidos transparentes, telas e vidros, bem como a utilização de técnicas de fabricação variadas, resultam dessa abordagem de pesquisa. Esta exposição pretende despertar a alma dos visitantes e provadores, bem como dos criadores, numa época em que a agitação do mundo moderno desloca as nossas raízes e nos distancia dos tesouros da experiência humana. Ao despertar todos os sentidos, surge um caminho para uma reflexão mais profunda e uma saúde mental plena, porque os nossos sentidos, estes portais para o mundo, tecem os primeiros elos entre o nosso ser e o universo que nos rodeia.

A exposição Sinestesia – o sabor das cores explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura. Jean Claude, enólogo e eu, artista visual, começamos a pensar esse projeto juntos na Mediateca Edmon Charlot, em Pezenas França, onde animamos o tema com uma conferência sobre o vinho no Brasil e uma oficina de pintura.