Jussi - COLETIVO 21

Jussi Szilagyi

Formada em Propaganda e Publicidade FAAP 1973, sua produção artística também é informada pela atuação com acupuntura e tui-ná, que a aproximam do mundo oriental, apesar de sua ascendência húngara. Trabalhando principalmente com pintura e experimentações têxteis, a artista se interessa pelos contrastes entre linha e mancha, densidade e vazio, em composições de desequilíbrio harmônico com gestual vigoroso e grafismos que evocam memórias e trazem o tempo imaginado e vivido numa arqueologia poética. Participa de grupos de acompanhamento com Paulo Pasta, Sergio Fingermann, Ateliê 397, Coletivo21. Seu trabalho é mostrado em Exposições Individuais e Coletivas, Salões desde 1990, entre as quais se destacam: Em tempos como estes (2023), curadoria de Érica Burini na Galeria Marília Razuk, São Paulo; Mesmo estando separados (2023) do Ateliê 397, em São Paulo; Encontro às cegas, curadoria de Paula Borghi na Galeria Tato, em São Paulo e Resposta ao Caos com o Grupo de artistas Coletivo 21 na Casa Odisseia, São Paulo; entre outras.

Sinestesia – o sabor das cores

A presente exposição explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura, destacando os seus componentes físicos, químicos e o seu impacto sensorial nos indivíduos. O pensamento visual dos trabalhos apresentados baseia-se no conceito de sinestesia. Esta abordagem inspira-se numa análise empírica das semelhanças entre as características do vinho e da pintura, como a transparência e a intensidade, termos partilhados pelas duas disciplinas artísticas. A artista mergulhou então numa exploração aprofundada dos elementos comuns aos dois domínios, questionando o impacto semelhante do vinho e da pintura em quem os prova e contempla.

Os trabalhos desta série, produzidos em diversos suportes como tecidos transparentes, telas e vidros, bem como a utilização de técnicas de fabricação variadas, resultam dessa abordagem de pesquisa. Esta exposição pretende despertar a alma dos visitantes e provadores, bem como dos criadores, numa época em que a agitação do mundo moderno desloca as nossas raízes e nos distancia dos tesouros da experiência humana. Ao despertar todos os sentidos, surge um caminho para uma reflexão mais profunda e uma saúde mental plena, porque os nossos sentidos, estes portais para o mundo, tecem os primeiros elos entre o nosso ser e o universo que nos rodeia.

A exposição Sinestesia – o sabor das cores explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura. Jean Claude, enólogo e eu, artista visual, começamos a pensar esse projeto juntos na Mediateca Edmon Charlot, em Pezenas França, onde animamos o tema com uma conferência sobre o vinho no Brasil e uma oficina de pintura.