Clara Infante - COLETIVO 21

Clara Infante

Clara Infante nasceu em Natividade/RJ. Reside e trabalha em Niterói/RJ. Tem Graduação em Pedagogia e Psicologia. Fez Mestrado em Educação e Formação em Psicanálise. É artista visual, psicanalista e escreve poesias. Fez cursos de Artes na EAV do Parque Lage, Museu do Ingá, Acompanhamento artístico na Galeria Eixo/Reserva/RJ e curso com o artista Sérgio Fingermann/SP, entre outros. Participou como aluna-ouvinte do curso sobre Arte e Psicanálise (Mestrado em Arte Contemporânea da UFF/RJ). Suas poéticas visuais transitam pela instalação, desenho, objeto e pintura. O gesto e o resto interessam à artista. Trabalha com papelão, tecidos, fios e tapetes populares feitos de materiais reaproveitados. Na pintura experimenta alternativas como a henna e extratos vegetais. Participa do Coletivo21 e do Instituto Cultural Freud e fez parte do grupo de Moderadores da Galeria Eixo.. Suas duas exposições individuais foram em instituições públicas: Sala José Cândido de Carvalho (FAN/Prefeitura de Niterói) e Galeria de Arte do Centro de Artes UFF.

Sinestesia – o sabor das cores

A presente exposição explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura, destacando os seus componentes físicos, químicos e o seu impacto sensorial nos indivíduos. O pensamento visual dos trabalhos apresentados baseia-se no conceito de sinestesia. Esta abordagem inspira-se numa análise empírica das semelhanças entre as características do vinho e da pintura, como a transparência e a intensidade, termos partilhados pelas duas disciplinas artísticas. A artista mergulhou então numa exploração aprofundada dos elementos comuns aos dois domínios, questionando o impacto semelhante do vinho e da pintura em quem os prova e contempla.

Os trabalhos desta série, produzidos em diversos suportes como tecidos transparentes, telas e vidros, bem como a utilização de técnicas de fabricação variadas, resultam dessa abordagem de pesquisa. Esta exposição pretende despertar a alma dos visitantes e provadores, bem como dos criadores, numa época em que a agitação do mundo moderno desloca as nossas raízes e nos distancia dos tesouros da experiência humana. Ao despertar todos os sentidos, surge um caminho para uma reflexão mais profunda e uma saúde mental plena, porque os nossos sentidos, estes portais para o mundo, tecem os primeiros elos entre o nosso ser e o universo que nos rodeia.

A exposição Sinestesia – o sabor das cores explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura. Jean Claude, enólogo e eu, artista visual, começamos a pensar esse projeto juntos na Mediateca Edmon Charlot, em Pezenas França, onde animamos o tema com uma conferência sobre o vinho no Brasil e uma oficina de pintura.