Andreia Reis - COLETIVO 21

Andreia Reis

Andréia Reis. Niterói, RJ, 1961.Vive e trabalha em Araraquara, SP. Artista e arte-educadora, com Especialização em Artes Visuais pelo SENAC EAD-RJ (2011), Licenciada em Artes Plásticas(2005) e Bacharel em Pintura (2001) pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Participa de salões e exposições coletivas desde 2000, dentre as quais destaca, em 2022, 17° Salão Ubatuba de Artes Visuais; em 2017 – Biblioteca do Amor – projeto de Sandra Cinto -Contemporany Art Center de Cincinnati. Ohio, EUA e, em 2011, Atelier Fidalga no Paço – Comemoração dos 40 anos do Paço das Artes. São Paulo, SP. Trabalha com Assemblage, Fotografia Digital, Arte Têxtil e Pintura. Sua pesquisa aborda questões processuais da composição com objetos e materiais disponíveis em um dado momento. Me interessa trazer uma reflexão sobre a vida cotidiana, para além das ações repetidas e rotineiras, bem como da transitoriedade de tudo que existe.

Sinestesia – o sabor das cores

A presente exposição explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura, destacando os seus componentes físicos, químicos e o seu impacto sensorial nos indivíduos. O pensamento visual dos trabalhos apresentados baseia-se no conceito de sinestesia. Esta abordagem inspira-se numa análise empírica das semelhanças entre as características do vinho e da pintura, como a transparência e a intensidade, termos partilhados pelas duas disciplinas artísticas. A artista mergulhou então numa exploração aprofundada dos elementos comuns aos dois domínios, questionando o impacto semelhante do vinho e da pintura em quem os prova e contempla.

Os trabalhos desta série, produzidos em diversos suportes como tecidos transparentes, telas e vidros, bem como a utilização de técnicas de fabricação variadas, resultam dessa abordagem de pesquisa. Esta exposição pretende despertar a alma dos visitantes e provadores, bem como dos criadores, numa época em que a agitação do mundo moderno desloca as nossas raízes e nos distancia dos tesouros da experiência humana. Ao despertar todos os sentidos, surge um caminho para uma reflexão mais profunda e uma saúde mental plena, porque os nossos sentidos, estes portais para o mundo, tecem os primeiros elos entre o nosso ser e o universo que nos rodeia.

A exposição Sinestesia – o sabor das cores explora em profundidade as semelhanças entre o mundo do vinho e da pintura. Jean Claude, enólogo e eu, artista visual, começamos a pensar esse projeto juntos na Mediateca Edmon Charlot, em Pezenas França, onde animamos o tema com uma conferência sobre o vinho no Brasil e uma oficina de pintura.